segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Conselhos Municipais de Saúde

Os Conselhos Municipais de Saúde são órgãos permanentes e deliberativos com representantes do Governo, dos prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. Atuam na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros.
Porém sua estrutura e seu funcionamento vão muito além desse conceito. E por isso existe a resolução número 333 do conselho nacional de saúde, que regulamenta o conceito, organização, funcionamento, estrutura e competências dos conselhos.

Segue a resolução assinada pelo Presidente do Conselho Nacional de Saúde e Ministro de Estado da Saúde em 2003, HUMBERTO COSTA.

Prontuário eletrônico em rede 2

A resolução n° 1.821 publicada pelo CFM em 2007 aprovou as normas técnicas referentes à digitalização e uso dos sistemas informatizados para a guarda e manuseio dos documentos dos prontuários dos pacientes, autorizando a eliminação do papel e a troca de informação identificada em saúde. A resolução também autoriza a digitalização dos prontuários dos pacientes, com eliminação do papel.
O prontuário eletrônico possui as vantagens de fácil acesso às informações, disponibilidade, legibilidade, agilidade no atendimento, facilidade para pesquisas coletivas, segurança e economia de espaço físico. Alguns dos fatores de resistência para sua implantação incluem: resistência a mudanças, falta de conhecimento sobre seus benefícios, prejuízo à relação médico-paciente, desconhecimento da legislação e perda da liberdade do registro.
 
Mais informações: 

 Acadêmicos: Elaine Miglorini, Matheus Scheffer e Tiago Francisco Zubiolo

domingo, 27 de novembro de 2011

Vigilância com base em "eventos sentinelas”


A reorganização da rede básica de saúde representa um processo fundamental na reforma do setor saúde e é, dentre outras questões, dependente da capacidade de gestão. Avaliação e monitoramento são etapas essenciais do processo de planejamento e administração; estas possibilitam a tomada de decisão de maneira mais racional e atenta aos problemas enfrentados. Em processos de monitoramento, tem sido frequente o uso de eventos sentinela, que na gestão de serviços de saúde são conceituados como algo que não deveria ocorrer se os serviços de saúde funcionassem adequadamente, ou seja, preveníveis. 1 Os eventos sentinela constituem em um dos métodos para vigilância à saúde proposto por Rutstein e colaboradores (1976).2 Segundo Samico et al. (2002), "os eventos sentinela apresentam-se como definidores de situações evitáveis, indicando que a qualidade da atenção deva ser melhorada, assim como determina que a investigação do ocorrido deva ser seguida de intervenções sobre possíveis setores socioeconômicos, ambientais, culturais ou genéticos que possam ser determinantes da situação encontrada".3

Apesar de extensa produção científica sobre o tema em nível mundial, no Brasil, essa produção é ainda limitada, carece de sistematização conceitual e demanda revisão das listas de causas de morte evitáveis, sob o ponto de vista do contexto nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, destaca-se a necessidade de se aprofundar a temática da evitabilidade e a busca de consenso para a construção de uma lista de causas de morte com essa característica, no contexto brasileiro; facilitando assim a adoção de mecanismos de monitoramento do desempenho segundo o nível de complexidade da atenção à saúde (básica, média e alta) e o nível da prevenção (primária, secundária ou terciária) a realizar. 4

Incidentes Críticos

Incidente é: "Qualquer atividade humana observável que seja completa em si mesma para permitir inferências e previsões a respeito da pessoa que executa o ato. Para ser crítico, um incidente deve ocorrer em uma situação onde o propósito ou intenção do ato pareça razoavelmente claro ao observador, onde suas consequências sejam suficientemente definidas para deixar poucas dúvidas no que se refere aos seus efeitos”. 5,6

As empresas podem sofrer em algum momento da vida um Incidente Crítico:

    • Morte repentina de um empregado ou familiar
    • Suicídio ou tentativa de suicídio
    • Assalto ou tomada de reféns no âmbito do trabalho
    • Incêndio ou explosões
    • Vazamento de gases ou fluídos tóxicos
    • Agressões ou violência por empregados ou clientes

Todas são situações que geram estados de desestabilização emocional, pessoal e grupal que dificultam o normal desenvolvimento do trabalho cotidiano. A intervenção nestes acidentes infelizes, e muitas vezes dramáticos, está focada em ajudar a processar emocionalmente o impacto desses episódios.

Um incidente crítico pode provocar:

Nos dias imediatos:

· Instabilidade emocional

· Confusão mental

· Perda de concentração

· Abatimento afetivo

· Perda de motivação no trabalho

Algum tempo depois pode se produzir Estresse Pós-Traumático:

· Pensamentos intrusivos sobre o fato sofrido

· Sonos de caráter recorrente sobre o acontecimento

· Mal-estar intenso ao se expor às circunstâncias recorrentes que lembram o acontecimento traumático

· Condutas de evitação de lugares ou pessoas que lembrem o acontecimento

O serviço de Assistência para Incidentes Críticos é um procedimento que visa prevenir os problemas apontados.7

1- PUCCINI, P.T.; CORNETTA, V.K. Ocorrências em pronto-socorro: eventos sentinela para o monitoramento da atenção básica de saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 9, p. 2032-2042, 2008. Disponível em:

S0102-311X2008000900009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>

2- RUTSTEIN, D.D. et al. Measuring the quality of medical care: a clinical method. N Engl J Med., v. 294, n. 11, p. 582-588, 1976.

3- SAMICO, I. et al. A sala de situação da unidade de saúde da família: o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) como instrumento para o planejamento estratégico local. Saúde em Debate, v. 26, n. 61, p. 236-244, 2002.

4- MALTA, D.C. et al. Lista de causas de mortes evitáveis por intervenções do Sistema Único de Saúde do Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 16, n. 4, p. 233-244, 2007. Disponível em:

lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>.

5- FLANAGAN, J,C. A técnica dos incidentes críticos. Arq Bras Psicol Aplicada, v.25, n. 2, p. 99-141, 1973.

6- VALSECCHI, E.A.; NOGUEIRA, M.S. Fundamentos de Enfermagem: incidentes críticos relacionados à prestação de assistência em estágio supervisionado. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 10, n. 6, p. 819-824, 2002. Disponível em:

m=isso>.

7- INCIDENTES CRÍTICOS. Disponível em: < http://www.mccareco.com/por_Incidentes_Critico

s.php>

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Projetos Terapêuticos Singulares

O Projeto Terapêutico Singular é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com Apoio Matricial se necessário. Geralmente é dedicado a situações mais complexas. No fundo, é uma variação da discussão de “caso clínico”. Foi bastante desenvolvido em espaços de atenção à saúde mental como forma de propiciar uma atuação integrada da equipe valorizando outros aspectos além do diagnóstico psiquiátrico e da medicação no tratamento dos usuários. Portanto, é uma reunião de toda a equipe em que todas as opiniões são importantes para ajudar a entender o sujeito com alguma demanda de cuidado em saúde e, consequentemente, para definição de propostas de ações. O nome Projeto Terapêutico Singular, em lugar de Projeto Terapêutico Individual, como também é conhecido, nos parece melhor porque destaca que o projeto pode ser feito para grupos ou famílias e não só para indivíduos, além de frisar que o projeto busca a singularidade (a diferença) como elemento central de articulação (lembrando que os diagnósticos tendem a igualar os sujeitos e minimizar as diferenças: hipertensos, diabéticos etc.).

O Projeto Terapêutico Singular contém quatro movimentos:

1) Definir hipóteses diagnósticas: este momento deverá conter uma avaliação orgânica, psicológica e social que possibilite uma conclusão a respeito dos riscos e da vulnerabilidade

do usuário. O conceito de vulnerabilidade (psicológica, orgânica e social) é muito útil e deve ser valorizado na discussão. A equipe deve tentar captar como o sujeito singular se produz diante de forças como as doenças, os desejos e os interesses, assim como também o trabalho, a

cultura, a família e a rede social. Ou seja, tentar entender o que o sujeito faz de tudo que fizeram dele, procurando não só os problemas, mas as potencialidades. É importante lembrar de verificar se todos na equipe compartilham das principais hipóteses diagnósticas, e sempre que possível aprofundar as explicações (por que tal hipótese ou fato ocorreu?).

2) Definição de metas: uma vez que a equipe fez os diagnósticos, ela faz propostas de curto, médio e longo prazo, que serão negociadas com o sujeito doente pelo membro da equipe que tiver um vínculo melhor.

3) Divisão de responsabilidades: é importante definir as tarefas de cada um com clareza. Uma estratégia que procura favorecer a continuidade e articulação entre formulação, ações e reavaliações e promover uma dinâmica de continuidade do Projeto Terapêutico Singular é a escolha de um profissional de referência. Não é o mesmo que responsável pelo caso, mas aquele que articula e “vigia” o processo. Procura estar informado do andamento de todas as ações planejadas no Projeto Terapêutico Singular. Aquele que a família procura quando sente necessidade. O que aciona a equipe caso aconteça um evento muito importante. Articula grupos menores de profissionais para a resolução de questões pontuais surgidas no andamento da implementação do Projeto Terapêutico Singular. Pode ser qualquer componente da equipe, independente de formação. Geralmente se escolhe aquele com modo de vinculação mais estratégico no caso em discussão.

4) Reavaliação: momento em que se discutirá a evolução e se farão as devidas correções de rumo. É simples, mas alguns aspectos precisam ser observados:

A escolha dos casos para reuniões de Projeto Terapêutico Singular: na atenção básica a proposta é de que sejam escolhidos usuários ou famílias em situações mais graves ou difíceis, na opinião de alguns membros da equipe (qualquer membro da equipe pode propor um caso para discussão). Na atenção hospitalar e centros de especialidades, provavelmente todos os pacientes precisam de um Projeto Terapêutico Singular. Tem sido importante para muitas equipes na atenção básica e centros de especialidades reservar um tempo fixo, semanal ou quinzenal, para reuniões exclusivas do Projeto Terapêutico Singular. Em hospitais, as reuniões geralmente têm que ser diárias.

Diante dessa tendência, é importante no Projeto Terapêutico Singular uma certa crença de que a pessoa tem grande poder de mudar a sua relação com a vida e com a própria doença. A herança das revoluções na Saúde Mental (Reforma Psiquiátrica), experimentando a proposta de que o sujeito é construção permanente e que pode produzir “margens de manobra”, deve ser incorporada na Clínica Ampliada e no Projeto Terapêutico Singular. À equipe cabe exercitar uma abertura para o imprevisível e para o novo e lidar com a possível ansiedade que essa proposta traz.


Sobre o assunto:

2) PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR: UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA -

3) SOBRE O PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR: UM DISPOSITIVO CLÍNICO OU UM
Referências:
1) AYRES, J. R. C. M. et al. O conceito de vulnerabilidade e as práticas de saúde: novas perspectivas e desafios. In: CZERESNIA, D.; FREITAS , C. M. (Org.). Promoção da Saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003. p. 117-140.
2) O projeto terapêutico singular. In: GUERREIRO , A. P; CAMPOS, G. W. S. (Org.). Manual de Práticas de Atenção Básica à Saúde Ampliada e Compartilhada. São Paulo: Hucitec, 2008.

3) Clínica ampliada e compartilhada / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS. – Brasília : Ministério da Saúde, 2009.

O que é CIB, CIT, CONASS, CONASEMS, Conselho Nacional de Saúde?

http://www.4shared.com/file/Q1Elp5Bf/Conselho_nacional_de_sade.html

Gestão das listas de espera


Gestão das listas de espera

Quando os profissionais dos Centros de Saúde identificam usuários com problemas que necessitam de atendimento especializado, encaminham para o especialista. A marcação da consulta é feito pelo Centro de Saúde por um funcionário que, diariamente, entra em contato com Central de Marcação de Consultas (CMC). Para as Unidades já ligadas ao sistema informatizado, a marcação é feita por meio de um computador diretamente do Centro de Saúde. Após a marcação da consulta, o Centro de Saúde comunica ao usuário o dia, horário e local marcado para o atendimento. Esses atendimentos são realizados por Unidades públicas e por serviços contratados pelo SUS-BH. Após o atendimento pelo especialista, de acordo com cada caso, o usuário poderá seguir os seguintes caminhos:





O que é CMC?
A implantação da Central de Marcação de Consultas Especializadas apresentou como proposta a organização do atendimento nas especialidades na rede de serviços de saúde, com o objetivo principal de agendar as consultas especializadas referenciadas pelas Unidades Básicas de Saúde e realizadas pelo SUS/BH (incluindo aquelas prestadas pelos serviços próprios e conveniados), agilizando e facilitando o acesso dos usuários à atenção secundária e mantendo o princípio de equidade na distribuição das mesmas. A proposta é que estivessem alocadas na CMC 100% das consultas próprias e contratadas, resultando a curto prazo em redução das filas, facilitação do acesso ao usuário que passaria a garantir o seu encaminhamento à consulta especializada através da Unidade onde foi atendido, além da possibilidade de diminuição do absenteísmo. O processo de implantação do sistema sob a gestão do município iniciou-se na segunda quinzena de 1.995 em regime de parceria entre o DATASUS/MS, PRODABEL e SMSA, interligando as Unidades de Referência Secundária (PAM´s e Policlínicas) aos Centros de Saúde de Belo Horizonte e dos municípios da RMBH, disponibilizando para a rede 800 consultas/dia.

Quais os objetivos do CMC?
Os objetivos principais da Central de Marcação de Consultas são:
· Estabelecer fluxos que caracterizem as Unidades Básicas de Saúde como porta de entrada principal para o Sistema;
· Caracterizar os PAM´s e Policlínicas interligados à CMC como referências secundárias à rede de
serviços;
· Proceder o agendamento das consultas especializadas na própria Unidade Básica onde o usuário é atendido;
· Organizar a marcação de consultas especializadas, minimizando a perda por desistências ou impedimentos;
· Subsidiar a organização dos SAME´s e do atendimento aos usuários nos PAM´s e Policlínicas, garantindo o acesso aos retornos para o mesmo profissional médico que realizou a primeira
consulta.

Os objetivos específicos são:
· Cadastrar os profissionais que prestam atendimento especializado, disponibilizando suas agendas para a rede através do Sistema de Marcação;
· Marcar as consultas nos horários definidos para cada distrito ou cidade do interior, distribuindo as consultas, dentro de quotas previstas;
· Encaminhar as agendas com pacientes marcados aos prestadores no dia anterior à realização das consultas;
· Receber as agendas de volta, checar seu preenchimento e digitar os dados provenientes das agendas, alimentando o sistema de informação do Sistema de Marcação de Consultas;
· Gerar relatórios, permitindo às unidades, aos Distritos, à Gerência de Assistência, Gestor do SUS, Secretários Regionais e ao Conselho Municipal de Saúde o acompanhamento das consultas agendadas, realizadas e do absenteísmo;
· Monitorar o número de profissionais inscritos, com destaque sobre o cumprimento das normas para disponibilização de consultas;
· Monitorar e resolver os problemas do Sistema de Marcação, bem como informar e acompanhar a resolução dos problemas junto à PRODABEL e DATASUS/RJ;
· Subsidiar e acompanhar os convênios para disponibilização de atenção especializada, monitorando a quantidade de consultas e os problemas no referenciamento, buscando resolvê-los.
Quais são os benefícios do CMC?
  • Redução
    no tempo gasto para a marcação de consultas;
  • Segurança no agendamento realizado;
  • Garantia de consultas ofertadas a todos os municípios envolvidos no sistema;
  • Aproveitamento total dos recursos disponíveis no município de referência;
  • Banco de dados de toda a capacidade instalada.

Quais são as produções do CMC?
Além do agendamento realizado de forma otimizada, considerado como o principal objetivo do sistema, o aplicativo gera relatórios operacionais e estatísticos sobre a movimentação diária de seus dados. Os relatórios emitidos têm periodicidade variável de acordo com o tipo específico a ser gerado:
· Tabelas

· Agenda diária

· Relação de médicos impedidos

· Relação de escala médica

· Taxa de realização de consultas

· Total de consultas não utilizadas

· Solicitações por unidade de saúde

· Oferta e demanda por município

· Produção por operadores


Quais são os problemas enfrentados no CMC?

1.Baixa oferta de consultas especializadas.

A dificuldade de acesso à atenção secundária tem como seu aspecto mais
significativo a baixa oferta de consultas especializadas. Cabe ressaltar ainda a baixa oferta de exames especializados, principalmente de ultra-sons especiais, que se mantida nestes padrões, demandarão vários anos para seu atendimento, bem como para a Endodontia, Hematologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Estas áreas, que contam com baixa oferta especializada no mercado como um todo e com necessidade de alto aporte tecnológico, limita a capacidade do município na montagem de serviços próprios. Mesmo tendo dobrado o valor da consulta especializada repassado pelo Ministério da Saúde e que é pago ao setor contratado como incentivo para a disponibilização de serviços para a rede através da Central de Marcação, não se consegue aumentar significativamente a oferta nestas clínicas, permanecendo grande dificuldade na compra de serviços na quantidade e complexidade necessárias para atender a demanda apresentada pela nossa rede.


2. Baixa capacidade de reposição dos recursos existentes, principalmente dos municipalizados do ESTADO e do ex-INAMPS.

Os PAM's foram municipalizados em 1992 e naquelas unidades se concentravam a grande maioria dos recursos especializados. Com a municipalização, ficou indefinida uma política de substituição desses quadros, que estão se demitindo e se aposentando em grande número e que atendem, ainda que diferenciadamente. Mesmo com o grande esforço feito pela SMSA para reposição de especialistas como concursos públicos, contratação administrativa e oferecimento aos profissionais para cumprimento de extensão de jornada, o município não é capaz de, isoladamente, superar tal problema e ainda disponibilizar recursos próprios para todo o Estado.

3. Má utilização das consultas disponíveis:

Ausências de pacientes uma questão que afeta significativamente a disponibilidade de recursos, uma vez que esse paciente, além de ocupar a vaga de outro que poderia ter tido acesso ao sistema, retorna ao serviço para nova marcação. Assim, o fator mais importante no não aproveitamento de consultas agendadas foi a ausência do paciente.


4. Desorganização da referência e contra-referência:


Observa-se encaminhamentos equivocados de parte a parte : existe ainda na rede uma cultura institucional de não responsabilização pelo referenciamento de pacientes, o que faz com que exista um grande número de pacientes com acompanhamento periódico na atenção secundária e que poderiam estar sendo acompanhados e beneficiados na atenção básica. Se por um lado esta situação dificulta o acesso de novos pacientes ao sistema, por outro descaracteriza o papel dos especialistas no acompanhamento de pacientes portadores de casos clínicos mais complexos ou egressos de internações e no papel de consultoria aos profissionais das clínicas básicas.


5. Outros Problemas

· Manutenção da Central - Problemas com a manutenção do programa e com seus limites no sentido de responder às necessidades impostas pela organização dos serviços. O Sistema proposto para agendamento secundário a partir da informatização da rede e que responderá às necessidades do Sistema de Marcação não existe no mercado e deverá ser desenvolvido por empresa contratada pela SMSA para este fim.
· Dificuldades para a elaboração dos relatórios para monitoramento das unidades, profissionais e consultas cadastradas na CMC - Os relatórios emitidos pelo sistema são poucos e mal estruturados. Como as mudanças são diárias, a responsabilidade de produzir informações para monitoramento impõe que praticamente todos os relatórios sejam feitos "à mão", com um dispêndio enorme de tempo de trabalho, tornando impraticável a produção mais constante de informações.

Sobre o assunto:
1. SUS:Pacientes reclamam da dificuldade de marcação em SAJ -http://www.ointerior.com.br/blog/?p=6709

2. Software facilita o agendamento de consultas e de exames no SUS - http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/noticia/2011/10/software-facilitaoagendamento-de-consultas-e-de-exames-no-sus.html

3. Marcação de consultas mais ágil em Teresópolis - http://www.teresopolis.com.br/t1/3/index.php?option=com_k2&view=item&id=3238:marca%C3%A7%C3%A3o-de-consultas-mais-%C3%A1gil-em-teres C3B3polis&Itemid=141&tmpl=component&print=1

4. Teste não recomendado para cardíacos - http://wp.clicrbs.com.br/seuproblema/tag/marcacao-de-consultas/?topo=52,1,1,,186,e186


Referências

Guia dos usuário do SUS BH . Disponível em <http://www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/co
municacao/guia_usuario_sus.pdf
>. Acessado em 23 de novembro de 2011.

GARÍGLIO, M. T.; MARQUES, Z. de F. A. Um instrumento de regulação do SUS: A Central de Marcação de Consultas. Revista Eletrônica Mensal da SMSA-PBH, ed. 07, julho/ 2002. Disponível em: < http://www.pbh.gov.br/smsa/biblioteca/saudedigital/julho2002/cmc2.html>. Acessado em 23 de novembro de 2011.

Eventos Sentinela e Incidentes Críticos

Vigilância com base em "eventos sentinelas”

A reorganização da rede básica de saúde representa um processo fundamental na reforma do setor saúde e é, dentre outras questões, dependente da capacidade de gestão. Avaliação e monitoramento são etapas essenciais do processo de planejamento e administração; estas possibilitam a tomada de decisão de maneira mais racional e atenta aos problemas enfrentados. Em processos de monitoramento, tem sido frequente o uso de eventos sentinela, que na gestão de serviços de saúde são conceituados como algo que não deveria ocorrer se os serviços de saúde funcionassem adequadamente, ou seja, preveníveis. 1 Os eventos sentinela constituem em um dos métodos para vigilância à saúde proposto por Rutstein e colaboradores (1976).2 Segundo Samico et al. (2002), "os eventos sentinela apresentam-se como definidores de situações evitáveis, indicando que a qualidade da atenção deva ser melhorada, assim como determina que a investigação do ocorrido deva ser seguida de intervenções sobre possíveis setores socioeconômicos, ambientais, culturais ou genéticos que possam ser determinantes da situação encontrada".3
Apesar de extensa produção científica sobre o tema em nível mundial, no Brasil, essa produção é ainda limitada, carece de sistematização conceitual e demanda revisão das listas de causas de morte evitáveis, sob o ponto de vista do contexto nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). Com isso, destaca-se a necessidade de se aprofundar a temática da evitabilidade e a busca de consenso para a construção de uma lista de causas de morte com essa característica, no contexto brasileiro; facilitando assim a adoção de mecanismos de monitoramento do desempenho segundo o nível de complexidade da atenção à saúde (básica, média e alta) e o nível da prevenção (primária, secundária ou terciária) a realizar. 4


Incidentes Críticos

Incidente é: "Qualquer atividade humana observável que seja completa em si mesma para permitir inferências e previsões a respeito da pessoa que executa o ato. Para ser crítico, um incidente deve ocorrer em uma situação onde o propósito ou intenção do ato pareça razoavelmente claro ao observador, onde suas consequências sejam suficientemente definidas para deixar poucas dúvidas no que se refere aos seus efeitos”. 5,6
As empresas podem sofrer em algum momento da vida um Incidente Crítico:

    • Morte repentina de um empregado ou familiar
    • Suicídio ou tentativa de suicídio
    • Assalto ou tomada de reféns no âmbito do trabalho
    • Incêndio ou explosões
    • Vazamento de gases ou fluídos tóxicos
    • Agressões ou violência por empregados ou clientes
Todas são situações que geram estados de desestabilização emocional, pessoal e grupal que dificultam o normal desenvolvimento do trabalho cotidiano. A intervenção nestes acidentes infelizes, e muitas vezes dramáticos, está focada em ajudar a processar emocionalmente o impacto desses episódios.

Um incidente crítico pode provocar:

Nos dias imediatos:
·         Instabilidade emocional
·         Confusão mental
·         Perda de concentração
·         Abatimento afetivo
·         Perda de motivação no trabalho

Algum tempo depois pode se produzir Estresse Pós-Traumático:
·         Pensamentos intrusivos sobre o fato sofrido
·         Sonos de caráter recorrente sobre o acontecimento
·         Mal-estar intenso ao se expor às circunstâncias recorrentes que lembram o acontecimento traumático
·         Condutas de evitação de lugares ou pessoas que lembrem o acontecimento

O serviço de Assistência para Incidentes Críticos é um procedimento que visa prevenir os problemas apontados.7

 Referências bibliográficas

1- PUCCINI, P.T.; CORNETTA, V.K. Ocorrências em pronto-socorro: eventos sentinela para o monitoramento da atenção básica de saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 24, n. 9, p. 2032-2042, 2008. Disponível em: <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2008000900009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt>

2- RUTSTEIN, D.D. et al. Measuring the quality of medical care: a clinical method. N Engl J Med., v. 294, n. 11, p. 582-588, 1976.

3- SAMICO, I. et al. A sala de situação da unidade de saúde da família: o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB) como instrumento para o planejamento estratégico local. Saúde em Debate, v. 26, n. 61, p. 236-244, 2002.

4- MALTA, D.C. et al. Lista de causas de mortes evitáveis por intervenções do Sistema Único de Saúde do Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 16, n. 4, p. 233-244, 2007. Disponível em: <http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742007000400002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>.

5- FLANAGAN, J,C. A técnica dos incidentes críticos. Arq Bras Psicol Aplicada, v.25, n. 2, p. 99-141, 1973.

6- VALSECCHI, E.A.; NOGUEIRA, M.S. Fundamentos de Enfermagem: incidentes críticos relacionados à prestação de assistência em estágio supervisionado. Rev. Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 10, n. 6, p. 819-824, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010411692002000600011&lng=pt&nrm=isso>.

7- INCIDENTES CRÍTICOS. Disponível em: < http://www.mccareco.com/por_Incidentes_Criticos.php>


Acadêmicos: Cláudio Marciano e Lucas K. Krum

Listas de Espera do SUS

COMO SÃO ORGANIZADAS AS LISTAS DE ESPERA DO SUS?

(Encaminhamentos para consultas especializadas, procedimentos e exames)

1. Definição:

Lista de espera pode ser conceituada como uma tecnologia que normatiza o uso de serviços em determinados pontos de atenção à saúde, estabelecendo critérios de ordenamento por necessidades e riscos, promovendo a transparência, ou seja, constituem uma tecnologia de gestão da clínica orientada a racionalizar o acesso a serviços em que exista um desequilíbrio entre a oferta e a demanda.

2. Qual o benefício disso para o funcionamento da Atenção Básica?

É instrumento importantíssimo na consolidação e manutenção de um dos princípios do SUS: a coordenação do cuidado. Segundo a Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, é função do estado organizar as listas de espera durante o processo de organização das Redes de Atenção à Saúde (RAS). As RAS são arranjos organizativos formados por ações e serviços de saúde com diferentes configurações tecnológicas e missões assistenciais, que se articulam, com base territorial, para complementarem suas funções. As RAS têm várias funções, entre elas devemos dar destaque a: estruturar a Atenção Básica como primeiro ponto de atenção e principal porta de entrada do sistema, com equipes multidisciplinares que cubram toda a população, integrando, coordenando o cuidado, e atendendo as suas necessidades. Especificamente sobre a coordenação do cuidado, a portaria supracitada infere:

“(...) Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. Atuando como o centro de comunicação entre os diversos pontos de atenção responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários em qualquer destes pontos através de uma relação horizontal, contínua e integrada com o objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção integral. Articulando também as outras estruturas das redes de saúde e intersetoriais, públicas, comunitárias e sociais. Para isso, é necessário incorporar ferramentas e dispositivos de gestão do cuidado, tais como: GESTÃO DAS LISTAS DE ESPERA (ENCAMINHAMENTOS PARA CONSULTAS ESPECIALIZADAS, PROCEDIMENTOS E EXAMES), prontuário eletrônico em rede, protocolos de atenção organizados sob a lógica de linhas de cuidado, discussão e análise de casos traçadores, eventos-sentinela e incidentes críticos, dentre outros. (...)”.

3. Notícia:

“Má gestão de leitos do SUS causa filas nos hospitais”, de Henry Milléo. Gazeta do Povo, 24 de novembro de 2011.

Link: http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1146568

A publicação trata do tema das informações encontradas pela CPI sobre os leitos hospitalares aberta em 27 de abril desse ano, que visitou até agora 19 hospitais em 11 cidades do Paraná. A principal conclusão da CPI foi que as filas de pacientes que buscam leitos no SUS no Paraná não é causada pela falta de leitos, mas sim pela má administração deles: dos 22 mil leitos existentes no estado, cerca de 3 mil estão geralmente vagos.

Algumas das informações mais importantes relatadas pelos membros da CPI:

- Leitos com tubos de oxigênio instalados que são usados como salas de reunião;

- Relatos de funcionários que se negam a ofertar as vagas disponíveis;

- Pacientes que poderiam ter recebido alta continuam internados para que não sejam abertas vagas para o SUS (o paciente do SUS só sai quando chega um paciente particular);

- Em um dos hospitais universitários visitados, 133 leitos estavam fechados por falta de funcionários especializados;

- Há casos de pacientes “fantasmas”: já receberam alta, mas seus prontuários permanecem como se ainda estivessem internados;

- Em Ponta Grossa, a CPI encontrou um hospital com 193 leitos e somente três pacientes internados;

- Nos últimos seis anos, o Brasil teve 20,6 mil leitos do SUS fechados, contrastando com um acréscimo de 15,5 mil leitos particulares.


4. Propostas para a realidade:

Encontramos o Protocolo de Gestão das listas de espera do município de Florianópolis. Ele explica o que são consultas de rotina, consultas de urgência e atendimentos de emergência. Também mostra como são organizadas as agendas do município entre consultas novas e retornos. Segue o link para quem quiser conferir:

http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Protocolo_FilaEspera_Florianopolis.pdf

5. Referências:

Protocolo de Acesso. Prefeitura de Florianópolis/Secretaria Municipal de Saúde. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Protocolo_FilaEspera_Florianopolis.pdf. Acesso em: 23/11/11.

PORTARIA Nº 4.279, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2010. Ministério da Saúde. Disponível em: http://www.brasilsus.com.br/legislacoes/gm/107038-4279.html. Acesso em: 23/11/11.

MILLÉO, H. “Má gestão de leitos do SUS causa filas nos hospitais”. Gazeta do Povo – Vida e Cidadania - 24 de novembro de 2011. Disponível em: http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1146568. Acesso em: 24/11/11.

Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Ministério da Saúde.


Acadêmicas: Beatriz, Camila S. e Patrícia

Conselho Local de Saúde


http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/ssaude/conselho/i16folder-cms.pdf

Acadêmica: Jissa

Conselhos locais de Saúde


Acadêmicos: Douglas, Jissa e Michella

Linhas de Cuidado - Apresentação



http://www.megaupload.com/?d=6DKNYOMK

Acadêmicos: Anne, Chayane, Cláudio, Natasha e Patrícia

Clínica Ampliada e Projeto terapêutico singular

Evento Sentinela e Incidente Crítico

Evento sentinela define-se como sendo a ocorrência de uma doença previsível, a incapacidade ou óbito inesperado, que serve como alerta de que as ações do serviço de saúde estão, de alguma maneira, debilitadas, podendo ser de ações preventivas ou até mesmo de atendimento1. Os procedimentos corretos para estas ocorrências é a notificação dos órgãos competentes, para que ações possam ser tomadas a título de investigação e futura prevenção destas ocorrências.
Incidentes críticos por sua vez, são definidos por todo evento observado, que apresenta um caráter não comum em relação ao desenvolvimento normal conhecido2. Desta maneira, podemos caracterizar um erro operacional médico como sendo um incidente crítico, mesmo não tomando as consequências possíveis ou corrigidas em tempo.
As redes de assistência a saúde tem como um de seus objetivos coordenar o cuidado, e para tanto deve se ater no atendimento dos seguintes casos: gestão das listas de espera (encaminhamentos para consultas especializadas, procedimentos e exames), prontuário eletrônico em rede, protocolos de atenção organizados sob a lógica de linhas de cuidado, discussão e análise de casos traçadores, eventos-sentinela e incidentes críticos, dentre outros3.
O levantamento, notificação e investigação de eventos sentinelas e incidentes críticos tem suma importância para adoção de medidas de controle de doenças graves que exijam uma atenção hospitalar específica ou de ações e procedimentos operacionais futuros, visando à minimização da ocorrência4.
Um exemplo de evento sentinela é a queda de idosos. No Brasil, 30% dos idosos caem ao menos uma vez ao ano, o que significa que há reincidência5. As quedas ocorrem devido à perda de equilíbrio postural, que pode ser indício de problemas primários do sistema osteoarticular ou neurológico ou de uma condição clínica que afeta secundariamente os mecanismos de equilíbrio6. A prevenção das quedas diminuem a morbidade e a mortalidade, reduzindo os custos hospitalares e o asilamento destes idosos. A partir da observação desse evento sentinela, programas de prevenção podem ser elaborados com o intuito de melhorar a saúde e a qualidade de vida do idoso6.
Outro exemplo, desta vez de incidente crítico, são os acidentes de trabalho, no período de 2000 a 2006, o Paraná registrou a ocorrência de 213.036 acidentes de trabalho e 1.572 óbitos, segundo dados do Anuário Estatístico da Previdência Social(7-8). A cidade de Ponta Grossa ocupa a 3ª colocação neste ranking, perdendo apenas para Paranaguá e Região metropolitana de Curitiba(7-8). É importante ressaltar que estes dados se referem apenas aos trabalhadores regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. Existe, portanto, uma grande sub-notificação dos acidentes de trabalho(7-8), que pode ser evidenciada através da comparação do registro dos acidentes de trabalho e causa da morte preenchida no atestado de óbitos(7-8).
 Como podemos evidenciar acima, muito há o que se fazer ainda em termos de prevenção, para que haja um maior nível de qualidade na assistência na saúde pública.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1- Hartaz, Zulmira M. A.; Champagne, François; Leal, Maria do Carmo; Contandriopoulos, André-Pierre. Mortalidade infantil "evitável" em duas cidades do Nordeste do Brasil: indicador de qualidade do sistema local de saúde. Rev. Saúde Pública vol.30 no.4 São Paulo; 1996. [acesso em 2011 Nov 20] Disponível em: http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101996000400004

2- Penteado, Eliane Villas Bôas de Freitas. Tuberculose no ambiente hospitalar: uma questão da saúde do trabalhador. [Mestrado] Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública; 1999. 124 p. [acesso em 2011 Nov 20] Disponível em: http://portalteses.icict.fiocruz.br/transf.php?script=thes_chap&id=0 0006901&lng=pt&nrm=isso.

3- BRASIL. Portaria Nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). [acesso em 2011 Nov 20] Disponível em: http://www.brasilsus.com.br/legislacoes/gm/110154-2488.html

4- Teixeira, Maria da Glória; Barreto, Maurício Lima; Costa, Maria C.N.; Strina, Agostino; Martins Jr., David; Prado, Matildes. Áreas sentinelas: uma estratégia de monitoramento em Saúde Pública. Epidemiol. Serv. Saúde v.12 n1, Brasilias. 2003 [acesso em 2011 Nov 20] Disponível em: http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-097420030001 00003&lng=pt.

5- PUC – Rio. Certificação digital 0510330 / CA. Estatísticas de queda de idosos no Brasil. Disponível em http://www2.dbd.puc-rio.br/ pergamum/tesesabertas/0510330_07_cap_06.pdf

6- Buksman S, Vilela A.L.S., Pereira S.R.M., Lino V.S, Santos V.H. Quedas em Idosos: Prevenção. Projeto Diretrizes, Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina. 2008 [acesso em 2011 Nov 20] Disponível em: http://www.projetodiretrizes.org.br/projeto_diretrizes/082.pdf

7- Secretaria de Estado da Saúde do Paraná - Plano Estadual de Saúde – 2008/ 2011

8- Secretaria de Estado da Saúde do Paraná - Plano Estadual de Saúde - 2002

Acadêmicas: Rebecca, Tayza, Ana Lúcia e Camila Belonci.

Prontuário eletrônico em rede

        É um conjunto de dados em saúde, armazenados em computador em que todas as informações acerca de um paciente atendido pelo SUS, em qualquer parte do país, sejam documentadas em sistema eletrônico, protegido por senha, mas acessível a todo profissional de saúde que necessite dessas informações para atender esse paciente.
       Os benefícios para a gestão do cuidado esperados seriam: aumento da qualidade do prontuário, interligação de informações vindas de diferentes hospitais e consultórios, diminuição do espaço de armazenamento de grandes quantidades de informações, facilidade na apresentação e pesquisa de informação, melhora do processo de tomada de decisão, melhora na qualidade do cuidado do paciente e facilidade no agrupamento de dados.
Funções:
1.    Cuidado e seguimento do paciente;
2.    Identificação do paciente;
3.    Movimentação (admissão, transferência e alta);
4.    Agendamento;
5.    Entrada dos dados de cuidados à saúde (médico e enfermagem, durante consulta e hospitalização);
6.    Prescrições (exames, medicações, intervenções e atividades);
7.    Geração de relatório e sumários (tipo de visita por problema, pelo domínio médico, etc);
8.    Suporte à decisão (diagnósticos e terapêutica);
9.    Comunicação;
10.    Pesquisa dos arquivos por critérios;
11.    Acesso a bancos de dados bibliográficos;
12.    Pesquisa de bases de conhecimento.

Referência Bibliográfica:
DEPARTAMENTO DE INFORMÁTICA EM SAÚDE. Sistemas de Informação em Saúde. Universidade Federal de São Paulo/ Escola Paulista de Medicina, 11 de agosto de 2000. 




Acadêmicas: Anne e Bianca

Quais municípios são beneficiados com o NASF e com o apoio matricial?

O apoio matricial é uma das ferramentas utilizadas pelo NASF para sua consolidação. É na verdade uma tecnologia de gestão onde uma equipe tem a responsabilidade perante determinada clientela. Em geral é uma rede em que estarão equipes ou serviços voltados para o Nasf de forma a assegurar, de modo dinâmico e interativo, a retaguarda especializada nas equipes de referência (como as equipes de PSF).
Sabendo portanto que o apoio matricial é parte integrante da política do NASF, os municípios que são beneficiados com esse sistema, estão automaticamente ligados ao apoio matricial e são aqueles credenciados e que recebem verbas para tanto, entre eles no estado do Paraná: Maringá, Cornelio Procopio, Foz do Iguaçu, Guarapuava e Novas laranjeiras.
O restante dos municípios beneficiados com esse programa constam no seguinte link: http://www.saudeinfonews.com.br/arquivos/PT16161.pdf
Segue abaixo vários sites e vídeos de apoio sobre NASF e apoio matricial:
1) Vídeo sobre implantação do NASF e do Apoio matricial em Catro no Ceara

2) Diretrizes do NASF
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica_diretrizes_nasf.pdf
3) Equipe de referência e Apoio Matricial (Ministério da Saúde)
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/equipe_referencia.pdf
4) Apoio matricial e equipe de referência: uma metodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde/ Cadernos de Saúde
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007000200016

Referências Bibliográficas
1) CAMPOS, Gastão Wagner de Sousa; DOMITTI, Ana Carla. Apoio matricial e equipe de referência: uma metodologia para gestão do trabalho interdisciplinar em saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 23, n. 2, Feb. 2007 . Available from . access on 25 Nov. 2011. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2007000200016.
2) CAMPOS, GWS. Equipes de referência e apoio especializado matricial: um ensaio sobre a reorganização do trabalho em saúde. Ciênc. Saúde Pública: Rio de Janeiro , fev.2007
3) Diretrizes da Atenção Básica a Família.Ministério da Saúde. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica_diretrizes_nasf.pdf . Acessado dia 24 de novembro de 2011.


Acadêmica: Mariana Sandri Schumacher

DISCUSSÃO E ANÁLISE DE CASOS TRAÇADORES

           A PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 aprova normas e faz revisão de diretrizes para o funcionamento da Atenção Básica, Estratégia Saúde da Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde.
           No seguimento que trata das funções das Redes de Atenção à Saúde (RAS), encontra-se a parte da discussão e análise de casos traçadores.
           As RAS tem como estratégia o cuidado integral e direcionado às necessidades da população. Para que esse objetivo seja atingido elas atuam de diversas formas e em diversos pontos a fim de que sejam estruturadas formando, realmente, uma teia organizacional.
           Assim, algumas funções se mostram básicas para esse tipo de funcionamento, sendo elas:
1.    Ser de base
2.    Ser resolutiva
3.    Coordenar o cuidado
4.    Ordenar as redes
           A discussão e análise de casos traçadores entra na terceira função. São chamados de casos traçadores aqueles que foram representativos. Por exemplo, em um estudo que verifica o modelo tecnoassintencial da atenção domiciliar verificaria os casos relacionados ao perfil do serviço, que houvessem provocado desconforto, ou insatisfação.
          Traçadores configuram-se como uma estratégia de investigação utilizada tanto em estudos quantitativos (por exemplo, marcadores biológicos, marcadores clínicos) como em estudos qualitativos tanto em ciências sociais e políticas quanto nas áreas de educação e saúde. Casos traçadores podem ser desenhados prospectivamente ou identificados retrospectivamente (como marcadores para analisar processos de cuidado, de mudança ou educacional).
          A análise de traçadores permite examinar "em situação" as maneiras como se concretizam na prática processos de trabalho complexos, como os da saúde e da educação, que envolvem um importante grau de autonomia dos profissionais. Na cena concreta, expressam-se valores, conceitos e tecnologias que não necessariamente são captados numa entrevista (quando geralmente se fala do "dever ser" - e não do que realmente é - ou de como cada um interpreta a cena vivida - sem expressar necessariamente os conflitos).       
          Dependendo do marcador, observam-se diferentes tipos de atuação da equipe, diferentes configurações de interação entre os trabalhadores e dos trabalhadores com os usuários, diferentes repertórios tecnológicos, diferentes arranjos organizacionais.
           Seguindo o exemplo dado acima o caráter de marcador ou traçador do caso selecionado para o estudo foi determinado por características tais como ser um caso típico, uma situação de sucesso ("boa prática"), uma situação de tensão ou de difícil resolução que marcou a equipe em sua atuação.
           O caso traçador é importante pois pode possibilitar um contato maior e melhor com a realidade dos profissionais das equipes de atenção domiciliar e as situações as quais estão sujeitos.

Referências bibliográficas


  • http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000100018
  • http://www.brasilsus.com.br/legislacoes/gm/110154-2488.html
Acadêmicos: Bruno, Carolina e Natasha

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

APOIO MATRICIAL

As equipes de saúde dividem seus usuários em grupos e são organizadas territorialmente em equipes denominadas "Equipes de Referência". O Apoio Matricial é um arranjo na organização dos serviços que complementa as equipes de referência. Ele é formado por um grupo de profissionais que não têm, necessariamente, relação direta e cotidiana com o usuário, mas cujas tarefas serão de prestar apoio às equipes de referência (equipes de SF). Assim, se a equipe de referência é composta por um conjunto de profissionais considerados essenciais na condução de problemas de saúde dos clientes, e eles deverão acionar uma rede assistencial necessária para cada caso.

Em geral, é nessa "rede" que estarão equipes ou serviços voltados para o apoio matricial (no caso, os NASF- Núcleos de apoio à Saúde da Família), de forma a assegurar, de modo dinâmico e interativo, a retaguarda especializada nas equipes de referência (no caso as equipes de Saúde da Família). O NASF está inserido na rede de serviços dentro da APS assim como as equipes de SF, ou seja, ele faz parte da APS.

O Apoio Matricial apresenta as dimensões de suporte: assistencial e técnico-pedagógico. A dimensão assistencial é aquela que vai produzir ação clínica direta com os usuários, e a ação técnico-pedagógica vai produzir ação de apoio educativo com e para a equipe. Essas duas dimensões podem e devem se misturar nos diversos momentos.

O município de Ponta Grossa conta com várias unidades em que funciona o PSF e possui também alguns CAPs, os quais contam com atividades que envolvem o Apoio Matricial.


REFERÊNCIAS:

1. Ministério da Saúde: Equipe de Referência e Apoio Matricial. Disponível em:>http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/equipe_referencia.pdf< Acesso em: 24 de novembro de 2011.

2. Caderno de atenção Básica: Diretrizes do NASF. Disponível em: >http://bvms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/caderno_atencao_basica_diretrizes_nasf.pdf


Acadêmica: Juliana S. Geraldino.

Análise e discussão dos casos traçadores


Quando se analisa uma situação, nas ciências sociais, políticas ou biológicas, que costuma ser bastante ampla – tanto nos estudos quantitativos quanto nos qualitativos - às vezes fica dificultado o estudo de todos os seus componentes detalhadamente. Para facilitar esta análise, sem perder em veracidade, podem ser escolhidos casos traçadores, o que seria uma forma de, pelo estudo de casos selecionados, extrair informações do retrato de toda uma situação maior.

Desta forma, os casos traçadores permitem avaliar, na prática, como funcionam determinados conceitos teóricos relacionados a fenômenos complexos como os da área da saúde, por exemplo. Este acompanhamento se traduz em benefício, uma vez que nesta área em específico (assim como na da educação) muitas vezes os profissionais contam com um alto grau de autonomia e a parte prática de determinados conceitos teóricos nem sempre condiz com sua idéia inicial.

Traçadores configuram-se como uma estratégia de investigação utilizada tanto em estudos quantitativos (por exemplo, marcadores biológicos, marcadores clínicos) como em estudos qualitativos tanto em ciências sociais e políticas quanto nas áreas de educação e saúde. Casos traçadores podem ser desenhados prospectivamente - determinados antes de um evento social, político, educacional (ou outro qualquer) para que se os acompanhe durante o desenvolver do evento - ou identificados retrospectivamente (como marcadores para analisar processos de cuidado, de mudança ou educacional). Dependendo do marcador, observam-se diferentes tipos de atuação da equipe, diferentes configurações de interação entre os trabalhadores e dos trabalhadores com os usuários, diferentes repertórios tecnológicos, diferentes arranjos organizacionais.

Sua função está relacionada à integração da produção em saúde, através de projetos de saúde coletiva para grupos mais vulneráveis. A seguir, seguem-se alguns exemplos de estudos que utilizaram a metodologia de caso traçador:

a)SILVA, K.L. et al.: “Atenção domiciliar como mudança do modelo tecnicoassistencial” – Estudo qualitativo que abordou quatro serviços ambulatoriais de atenção domiciliar da Secretaria Municipal de Saúde e um hospital filantrópico de Belo Horizonte. A obtenção de dados se deu por entrevistas com gestores e equipes dos serviços, análise de documentos e acompanhamento de casos por meio de entrevistas a pacientes e cuidadores.
b)JORGE, A.O. et al. Tese de doutorado: “A gestão hospitalar sob a perspectiva da micropolítica do trabalho vivo” – pesquisa o processo de gestão no interior do hospital das clínicas da UFMG, a partir da centralidade dos cuidados em saúde.
c)CARVALHO, L.C. et al. Dissertação de mestrado: “A disputa de planos de cuidado na atenção domiciliar” – A metodologia de caso traçador foi utilizada com o objetivo de observar mais atentamente a micropolítica do trabalho em saúde na produção do cuidado de um usuário.
Assim sendo, percebe-se que a utilização de caso traçador como metodologia de um estudo está intimamente relacionada e é de grande valia ao delineamento de estudos em Saúde Coletiva.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. HULLEY, S.B. et al. Delineando a pesquisa clínica: Uma abordagem epidemiológica. 3ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2008.
2. ROUQUAYROL, M.C. et al. Epidemiologia & Saúde. 6ª edição. Belo Horizonte: Medsi, 2003.
3. SILVA, K.L. et al. Atenção domiciliar como mudança do modelo tecnicoassistencial. Rev Saúde Pública 2010;44(1):166-76.
4. JORGE, A.O. et al. A gestão hospitalar sob a perspectiva da micropolítica do trabalho vivo. Campinas: UNICAMP / Faculdade de Ciências Médicas, 2002.
5. CARVALHO, L.C. et al. A disputa de planos de cuidado na atenção domiciliar. Rio de Janeiro: UFRJ / Faculdade de Medicina, 2009.



Acadêmicos: Alexandre B. Merlini, Henrique A. Hoffmann e Lucilene F. da Silva