quinta-feira, 31 de maio de 2012














A AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR – ANS, criada pela Lei 9.961, de 28 de janeiro de 2000, é uma autarquia especial vinculada ao Ministério da Saúde, com sede no Rio de Janeiro e atuação em todo o território nacional.
A ANS foi constituída com a missão de promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde pela regulação e fiscalização do setor, das relações das operadoras setoriais com prestadores de serviços de saúde e com usuários de planos de saúde, para o desenvolvimento das ações de saúde no país.
A saúde suplementar passou a conviver com o sistema público, consolidado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nascido a partir da Constituição Federal de 1988. A saúde foi legitimada como um direito da cidadania, assumindo status de bem público.
Os planos de saúde têm origem na fundação das Santas Casas de Misericórdia, instituições vinculadas à Igreja Católica com forte apelo às ações caritativas e filantrópicas. Inicialmente internavam pessoas com vários tipos de doenças, menos as infecto-contagiosas.
Hoje, o setor brasileiro de planos e seguros de saúde é o segundo maior sistema privado de saúde do mundo.
Visão - Contribuir para a construção de um setor de saúde suplementar, cujo principal interesse seja a produção da saúde e que:
  1. seja centrado no cidadão;
  2.  realize ações de promoção da saúde e prevenção de doenças;
  3.  observe os princípios de qualidade, integralidade e resolutividade;
  4.  inclua todos os profissionais de saúde;
  5.  respeite a participação da sociedade e
  6.  esteja adequadamente articulado com o Ministério da Saúde.


LEGISLAÇAO QUE REGE A SAÚDE SUPLEMENTAR:
Lei n° 9.656, de 1998 - regulamentou setor de planos de saúde.
Lei n° 9.961, de 2000 - criou a ANS e definiu suas finalidade, estrutura, atribuições, receita e a vinculação ao Ministério da Saúde.
Decreto nº 3.327, de 2000 - aprovou o Regulamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, e deu outras providências
Lei n° 10.185, de 2001 - dispôs sobre a especialização das sociedades seguradoras em planos privados de assistência à saúde e dá outras providências.
Regimento Interno da ANS - RN nº 197.


O QUE TEM DE DIREITO À ASSISTÊNCIA OS USUÁRIOS DA SAÚDE SUPLEMENTAR QUE TÊM O PLANO DE SAÚDE REGULAMENTADO :
Segundo o Art. 1 § 1o Está subordinada às normas e à fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS qualquer modalidade de produto, serviço e contrato que apresente, além da garantia de cobertura financeira de riscos de assistência médica, hospitalar e odontológica, outras características que o diferencie de atividade exclusivamente financeira, tais como:
  1. custeio de despesas;
  2.  oferecimento de rede credenciada ou referenciada;
  3. reembolso de despesas;
  4. mecanismos de regulação;
  5.  qualquer restrição contratual, técnica ou operacional para a cobertura de procedimentos solicitados por prestador escolhido pelo consumidor; e vinculação de cobertura financeira à aplicação de conceitos ou critérios médico-assistenciais.



E OS USUÁRIOS QUE JÁ TÊM UM DIAGNÓSTICO DE DOENÇA ANTES DE CONTRATAR UM PLANO DE SAÚDE, COMO OS PLANOS DE SAÚDE PODEM AGIR COM RELAÇÃO A ELES?
O primeiro passo das agências nacionais de saúde ao saber da existência de uma doença ou lesão prévia à contratação é oferecer um plano que cubra todas as eventuais necessidades do paciente no que concerne a sua condição clínica. Caso o cliente recuse esta cobertura total e que dura enquanto durar o contrato com o plano de saúde, ele deve pelo menos contratar uma “Cobertura Parcial Temporária”, por 24 meses, que cubra suas demandas enquanto paciente.
Durante a vigência do contrato, a operadora poderá suspeitar da omissão de informação sobre a DLP e deverá comunicar imediatamente ao usuário, possuindo a faculdade de abrir processo administrativo junto à ANS para averiguação. Até o julgamento final do processo pela ANS, o plano de saúde não poderá levar à suspensão do atendimento, nem rescisão do contrato.


Referências:

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Promoção da saúde

Oii gente!!

Durante a disciplina "Sáude, Sociedade e Meio Ambiente" tivemos que fazer um seminário (Anne, Beatriz e Vanessa) sobre o artigo "CONCEITOS DE SAÚDE E DOENÇA AO LONGO DA HISTÓRIA
SOB O OLHAR EPIDEMIOLÓGICO E ANTROPOLÓGICO", e achamos interessante postar aqui no blog.

O artigo falava, em linhas gerais, o seguinte:
Nosso conceito atual de saúde, o clássico da OMS, é aquele "bem-estar físico, social e mental", ou seja, é levado em consideração, para definir saúde, no mínimo três esferas: a física, a social e a mental. Porém, apesar de na teoria tudo isso estar englobado, o que percebemos na pratica quando analisamos os estudos epidemiológicos, é que há uma super valorização apenas do lado físico e biológico das doenças, não sendo levado em consideração as esferas sociais e mentais. Sendo assim, quando estamos fazendo prevenção baseados nesses estudos, estamos previnindo apenas as causas relacionadas com a esfera biológica, deixando de lado o social e o psicológico. (É claro que o biológico é essencial e muitissimo importante, mas não deveríamos deixar de lado as outras esferas!!). Diante disso, o artigo propõe focar mais na promoção da saúde, pois na promoção podemos tanto trabalhar com o biológico quanto com o social e mental: analisar a realidade social do seu paciente (exemplos: na hora de prescrever uma "dieta balanceada" não adianta montarmos um cardápio que não condiz com a realidade financeira dele; recomendar exercícios físicos regulares e uma vida menos estressante para uma pessoa que tem dois ou três empregos; enfim..). Dentro dessa promoção da saúde, poderiamos nos interessar mais pelos problemas sociais do nosso país, reconhecendo que se mudassemos essa realidade estariamos levando saúde pra muita gente, dentre outras melhorias. Concluindo, é mais para uma reflexão de cada um sobre o assunto. Para os que quiserem ler o artigo inteiro segue o link: http://www.facenf.uerj.br/v17n1/v17n1a21.pdf .

Beatriz Zampar
Anne Caroline Hungaro
Vanessa Lange

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Hospital Amigo da Criança

Uma iniciativa da OMS e da Unicef.

A Iniciativa Hospital Amigo da Criança – IHAC – foi idealizada em 1990 pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pelo UNICEF para promover, proteger e apoiar o aleitamento materno. O objetivo é mobilizar os funcionários dos estabelecimentos de saúde para que mudem condutas e rotinas responsáveis pelos elevados índices de desmame precoce.

Em Ponta Grossa há um hospital que trabalha com as políticas do programa “Hospital Amigo da Criança”. Trata-se da Santa Casa de Misericórdia de Ponta Grossa. 
A IHAC soma-se aos esforços do Programa Nacional de Incentivo ao Aleitamento Materno (PNIAM/MS), coordenado pelo Ministério da Saúde para: 
·         Informar profissionais de saúde e o público em geral;
·         Trabalhar pela adoção de leis que protejam o trabalho da mulher que está amamentando;
·         Apoiar rotinas de serviços que promovam o aleitamento materno e
·         Combater a livre propaganda de leites artificiais para bebês, bem como bicos, chupetas e mamadeiras.



Jissa, Henrique, Elaine, Alexandre, Geisiela e Winnie.




Referências bibliográficas
Extraído da tabela com a relação de todos os hospitais amigos da criança no Brasil.
Disponível em: http://www.unicef.org/brazil/pt/br_listaIHAC2010.pdf
Unicef. Iniciativa Hospital amigo da criança.
Disponível em: http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_9994.htm

terça-feira, 15 de maio de 2012


Rede Amamenta Brasil
O que é a Rede Amamenta Brasil?
É uma estratégia de promoção, proteção e apoio à prática do aleitamento materno na Atenção Básica, por meio de revisão e supervisão do processo de trabalho interdisciplinar nas unidades básicas de saúde, apoiada nos princípios da educação permanente em saúde, respeitando a visão de mundo dos profi ssionais e considerando as especifi cidades locais e regionais.
A coordenação nacional é do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, representado pela Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, em parceria com o Departamento de Atenção Básica. Considerando a capilaridade da Rede, é de responsabilidade das coordenações estaduais da Área da Criança e da Atenção Básica a sua implantação e coordenação nos estados, o mesmo acontecendo com as coordenações municipais, responsáveis pela implantação da Rede e acompanhamento das UBS nos municípios.
O que se faz?
Oficinas de Formação de Tutores em Aleitamento Materno: Capacitação de profi ssionais de saúde para utilizarem referenciais da educação crítico-refl exiva no ensino e aprendizagem do aleitamento materno, dando-lhes subsídios para auxiliarem na formação de novos tutores com competência para a realização de oficinas de trabalho em aleitamento materno nas unidades básicas de saúde.
Oficinas de Trabalho de Aleitamento Materno:  nas Unidades Básicas de Saúde Coordenadas pelo tutor, promovem a discussão da prática do aleitamento materno no contexto do processo de trabalho das unidades básicas de saúde e a pactuação de ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, de acordo com a realidade de cada UBS.
Acompanhamento das ações: Cada unidade básica de saúde tem um tutor responsável por acompanhar o desenvolvimento das suas  ações em aleitamento materno e auxiliar nas eventuais dificuldades das equipes. Para isso, ele faz visitas sistemáticas às unidades, a partir de suas necessidades.
Como são Formadas as Tramas da Rede Amamenta Brasil?
Ela se estrutura em várias esferas que se interconectam. Está articulada com a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, a Rede Norte-Nordeste de Saúde Perinatal e com o Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal.
A coordenação nacional é do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas da Secretaria da Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, representado pela Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno. Considerando a capilaridade da Rede, é de responsabilidade das coordenações estaduais da Área da Criança ou da Atenção Básica a sua implantação e coordenação nos estados, o mesmo acontecendo com as coordenações municipais, responsáveis pela implantação da Rede e acompanhamento das UBS nos municípios.
O que é Preciso para a Unidade Básica de Saúde Integrar a Rede Amamenta Brasil?
Para a certificação, a unidade básica deve cumprir os seguintes critérios:
. garantir a participação de no mínimo 80% da equipe na Oficina de Trabalho em  Aleitamento Materno
. monitorar os indicadores de aleitamento materno da sua área de abrangência utilizando o SISVAM web
. concretizar pelo menos uma ação pactuada ao final da oficina
. construir e implementar fluxograma de atendimento à dupla mãe-bebê no período de amamentação
Quem ganha com a Rede Amamenta Brasil?
. A criança: mamando exclusivamente nos primeiros seis meses e mantendo o aleitamento materno por dois anos ou mais, a criança tem melhor qualidade de vida, menor risco de adoecer e morrer, e maior possibilidade de estabelecer um bom vínculo afetivo com sua mãe.
. A mulher: amamentando mais, ela tem menos riscos de ter complicações após o parto, câncer de mama e ovários e de desenvolver diabetes.
. A família: quando a criança é alimentada ao seio, a família economiza e seus laços afetivos são reforçados.
. Os profissionais: a inserção da unidade na Rede implica em aumento das competências dos profissionais de saúde em aleitamento materno e no estímulo pela busca por mais conhecimento.
. O SUS: com o aumento das taxas de aleitamento materno, há redução de agravos à saúde das crianças e das mulheres. O País terá cidadãos mais saudáveis, evitando gastos com remédios e internações hospitalares.
No Paraná e em Ponta Grossa:
O Paraná é o Estado com o maior número de tutores da Rede Amamenta Brasil: 186.
Representando a cidade de Ponta Grossa, Arlete Bernini Fernandes e Silva  da Universidade Estadual de Ponta Grossa participou da oficina Piloto realizada em Londrina, em 2008.


RESULTADOS ALCANÇADOS
Até dezembro de 2010, foram realizadas, além das cinco oficinas macrorregionais de formação de tutores, 58 oficinas estaduais e municipais, o que resultou na formação de 1.415 tutores  e envolvimento de 1.034 UBS e 22.571 profissionais de saúde. O quadro 2 apresenta os resultados alcançados até o momento em cada estado, enquanto a Figura 9 apresenta o número de UBS envolvidas em cada unidade da Federação.


Fonte: REDE AMAMENTA BRASIL: OS PRIMEIROS PASSOS (2007-2010)




Referências:
portal.saude.gov.br

Comitê de prevenção da mortalidade infantil


       No início do século XX, a redução da mortalidade infantil foi uma estratégia para a compreensão das circunstâncias de ocorrência dos óbitos, identificação de fatores de risco e para definição das políticas de saúde dirigidas à sua redução.
       Atualmente, os Comitês de Prevenção do Óbito Infantil e Fetal fazem parte dos sistemas nacionais de grande parte dos países desenvolvidos. Em nosso país, diversas iniciativas locais foram realizadas, cada qual de acordo com sua realidade, interesse e condição de operacionalização.
       Os Comitês são organismos interinstitucionais de caráter educativo, congregando instituições governamentais e da sociedade civil organizada, contando com participação multiprofissional, cuja atribuição é: identificar, dar visibilidade, acompanhar, monitorar os óbitos infantis e fetais. Foram proposta do Ministério da Saúde considerando experiências importantes de vigilância do óbito infantil no nível local e vem de encontro à necessidade de mobilização de todos os gestores e profissionais de saúde do país para a organização de um sistema de acompanhamento dos óbitos infantis e fetais com maior potencial de prevenção. É uma proposta que pode servir de referência para os locais que ainda não operam a vigilância do óbito e ainda, apoiar as iniciativas já existentes. Além disso é um importante instrumento de avaliação da assistência de saúde, para subsidiar as políticas públicas e ações de intervenção, contribuindo para o melhor conhecimento sobre os óbitos e redução da mortalidade.
       O objetivo geral dos Comitês é elucidar circunstâncias de ocorrência dos óbitos infantis e fetais, identificando fatores de risco e propondo medidas de melhoria da qualidade de assistência à saúde para redução da mortalidade perinatal e infantil. Para tanto, instituiu-se como seus objetivos específicos: realizar diagnóstico local da mortalidade infantil, seus componentes, fatores de risco relacionados e distribuição na população no nível local; divulgar a magnitude e importância da mortalidade infantil, além de subsidiar o conhecimento sobre seu conceito, seus componentes (neonatal precoce, neonatal tardio, pós-neonatal) e o cálculo das taxas; sensibilizar e envolver os profissionais de saúde e a sociedade sobre importância e gravidade da mortalidade infantil e sua repercussão sobre famílias e sociedade como um todo; identificar problemas e circunstâncias de ocorrência dos óbitos infantis e fetais para melhorar o conhecimento sobre mortalidade infantil e perinatal e as possibilidades de intervenção; avaliar serviços de saúde e qualidade da assistência prestada à gestante e à criança; sensibilizar e capacitar os profissionais de saúde para correto preenchimento dos registros de saúde, Declaração de nascidos vivos e declaração de óbito, além dos registros de atendimento; identificar e recomendar as estratégias e medidas de saúde necessárias para redução da mortalidade infantil e perinatal com destaque para mortes por causas evitáveis.
       Sendo assim, os comitês têm a finalidade de investigar cada óbito, procurando determinar a “evitabilidade” e, nessa hipótese, especificar medidas de prevenção. Óbitos evitáveis são aqueles que, considerando-se a ciência e a tecnologia existentes atualmente, poderiam ter sido poupados ou não deveriam ter ocorrido, segundo conceito da Associação Médica Americana adotado pelos Comitês de Prevenção da Mortalidade Materna e Infantil do Paraná (CEPMI). A ocorrência do óbito parte da existência de uma falha no produto da atenção em saúde, exigindo uma investigação que identifique os fatos que contribuíram para esse resultado negativo, portanto, o trabalho dos comitês pode ter impacto direto nas mortes evitáveis, a partir da análise do óbito infantil e da assistência prestada que funcionam como indicador do nível de qualidade e de acesso aos serviços de saúde, além de possibilitar conhecimento e intervenção nessa realidade de forma rápida, através das medidas de prevenção, educação e mobilização.


Comitê de mortalidades materna e infantil da 3ª RS do Paraná

Criação: 2003
Composição: Representantes dos municípios, principalmente aqueles que não possuem comitê local instituído, representantes do Ministério Público, de entidades (Pastoral da criança), instituições de saúde (Hospitais), etc.
Objetivos: Por ter caráter sigiloso, os casos discutidos são utilizados apenas para instituir novas ações, de acordo com os achados epidemiológicos.
Dificuldades: O número insuficiente de médicos obstetras e pediatras impede uma análise mais aprofundada nas condutas clinícas encontradas nos casos de óbitos. A maioria das instituições selecionam como representante enfermeiras, que apenas relatam o ocorrido, sem ter conhecimento crítico sobre o caso.


Acadêmicos: Ana Lúcia, Camila Belonci, Cassim, Douglas, Lucilene, Maria Fernanda, Matheus, Natália, Rodrigo, Thiago Merini e Tiago.

MÉTODO MÃE CANGURU (MMC)

Definição: O Método Mãe Canguru (MMC), também conhecido como “Cuidado Mãe Canguru” ou “Contato Pele a Pele”, tem sido proposto como uma alternativa ao cuidado neonatal  convencional para bebês de baixo peso ao nascer (BPN).

Implantação: Foi idealizado e implantado de forma pioneira por Edgar Rey Sanabria e Hector Martinez em 1979, no Instituto Materno-Infantil de Bogotá, Colômbia, e denominado “Mãe Canguru” devido à maneira pela qual as mães carregavam seus bebês após o nascimento, de forma semelhante aos marsupiais. No ano 2000, o Ministério da Saúde do Brasil aprovou a Norma de Atenção Humanizada ao RNBP (MMC), recomendando-a e definindo as diretrizes para sua implantação nas unidades médico-assistenciais integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS). A Norma do Ministério propõe a aplicação do método em três etapas, iniciando nas unidades neonatais (unidades de terapia intensiva neonatal UTIN, e unidades de cuidados intermediários), passando às unidades canguru (ou alojamento conjunto canguru) e, após a alta hospitalar, nos ambulatórios de seguimento (canguru domiciliar). Na primeira etapa, preconiza-se acesso precoce e livre dos pais à UTIN, estímulo à amamentação e participação da mãe nos cuidados do bebê, bem como início do contato pele a pele logo que as condições clínicas do bebê permitam. Na segunda etapa, mãe e bebê permanecem em enfermaria conjunta, e a posição canguru deve ser realizada pelo maior tempo possível. Os critérios de elegibilidade para a permanência nessa enfermaria são disponibilidade materna, capacidade materna de reconhecer as situações de risco do RN e habilidade para a colocação da criança em posição canguru. Além disso, os bebês devem ter alcançado estabilidade clínica, nutrição enteral plena, peso mínimo de 1.250 g e ganho de peso diário maior que 15 g. Os critérios para alta hospitalar, com transferência para a terceira etapa, são: segurança materna quanto aos cuidados do bebê; motivação e compromisso para a realização do método por 24 horas/dia; garantia de retorno à unidade de saúde de maneira freqüente; peso mínimo de 1.500 g; criança com sucção exclusiva ao seio; ganho de peso adequado nos 3 dias que antecedem a alta hospitalar; e condição de recorrer à unidade hospitalar de origem a qualquer momento enquanto estiver na terceira etapa, que se encerra, em geral, quando o peso do bebê atinge 2.500 g.

Objetivo:  Era destinado a dar alta precoce para recém-nascidos de baixo peso (RNBP) frente a uma situação crítica de falta de incubadoras, infecções cruzadas, ausência de recursos tecnológicos, desmame precoce, altas taxas de mortalidade neonatal e abandono materno. O novo programa domiciliar de atenção ao RNBP era baseado nos seguintes princípios:
a) alta precoce independentemente do peso, desde que o bebê apresentasse condições clínicas estáveis;
b) não-utilização de fórmula infantil, e sim apenas leite materno;
c) incentivo ao contato pele a pele precoce entre mãe e bebê, sendo o mesmo colocado entre as mamas; e
d)manutenção do bebê em posição vertical. Essa iniciativa contou com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o qual divulgou amplamente seus resultados, especialmente no tocante à redução da mortalidade, aos benefícios psicológicos e ao baixo custo.

Resultados: Apesar dos questionamentos acerca das vantagens do MMC, que surgiram em função da não-comparação desses resultados iniciais com resultados obtidos em um grupo controle, vários países europeus adotaram a prática, e suas pesquisas confirmaram em grande parte os achados iniciais. Ao longo das últimas décadas, diversos serviços adotaram o MMC, em países desenvolvidos e em desenvolvimento, mostrando possibilidades de adaptação da proposta em diferentes contextos de acesso à tecnologia na assistência neonatal. Os autores concluem que, embora o MMC pareça reduzir a morbidade infantil, as evidências são ainda insuficientes para que o método seja recomendado rotineiramente, pois alguns questionamentos feitos acerca da metodologia dos ensaios incluídos enfraquecem a credibilidade dos achados. Apontam também a necessidade de realização de mais experimentos randomizados, controlados e bem desenhados. Por outro lado, os mesmos autores reconhecem que não existem relatos sobre efeitos deletérios da aplicação do MMC. Recentemente, estudo randomizado controlado realizado em dois hospitais na África do Sul mostrou que bebês submetidos ao contato pele a pele alcançaram melhores resultados na estabilização fisiológica quando comparados a bebês que permaneceram em incubadoras.

Considerações finais: O MMC no Brasil, ou Atenção Humanizada ao RNBP, fundamenta-se no processo de desenvolvimento contínuo do bebê e introduz algumas possibilidades de entendimento da assistência neonatal em um contexto mais amplo, propondo o resgate dos conhecimentos fisiológicos, psicológicos e neurológicos do ser humano e levando em consideração o indivíduo por completo. Acrescenta substratos baseados no desenvolvimento neuropsicoemocional, contribuindo, assim, para uma atenção equilibrada às necessidades do bebê e de sua família.

Referências

VENANCIO, S I; ALMEIDA, H. Método Mãe Canguru: aplicação no Brasil, evidências científicas e impacto sobre o aleitamento materno. Artigo de Revisão, Jornal de Pediatria, - Vol. 80, Nº5(Supl), 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/%0D/jped/v80n5s0/v80n5s0a09.pdf>



Acadêmicas: Anne Caroline Hungaro, Beatriz Zampar, Natasha Lure, Patrícia Rechetello, Vanessa Lange

sábado, 5 de maio de 2012

O que pretende a rede cegonha e o estado de implantação no Paraná?

A Rede Cegonha é uma estratégia do Ministério da Saúde, operacionalizada pelo SUS, fundamentada nos princípios da humanização e assistência, onde mulheres, recém-nascidos e crianças tem direito a:

* Ampliação do acesso, acolhimento e melhoria da qualidade do pré-natal. 
* Transporte tanto para o pré-natal quanto para o parto. 
* Vinculação da gestante à unidade de referência para assistência ao parto - “Gestante não peregrina!” e “Vaga sempre para gestantes e bebês!”. 
* Realização de parto e nascimento seguros, através de boas práticas de atenção. 
* Acompanhante no parto, de livre escolha da gestante. 
* Atenção à saúde da criança de 0 a 24 meses com qualidade e resolutividade. 
* Acesso ao planejamento reprodutivo.

É uma Rede de cuidados que assegura às:

1. MULHERES: o direito ao planejamento reprodutivo, à atenção humanizada à gravidez, parto e puerpério. 
2. CRIANÇAS: direito ao nascimento seguro, crescimento e desenvolvimento saudáveis .

Tem como objetivos:

1. Novo modelo de atenção ao parto, nascimento e à saúde da criança 
2. Rede de atenção que garanta acesso, acolhimento e resolutividade 
3. Redução da mortalidade materna e neonatal 




IMPLEMENTAÇÃO
A Rede Cegonha será implantada em todo o território Nacional. 
A estratégia para o início da implantação obedecerá a critérios epidemiológicos (altas Taxas de Mortalidade Infantil e de Razão de Mortalidade Materna) e de densidade populacional. A Rede Cegonha obedecerá à seguinte gradação de cobertura da Implementação: 




http://portal.saude.gov.br/portal/saude/Gestor/visualizar_texto.cfm?idtxt=37082
http://www.saude.rs.gov.br/dados/1311947317497rede_cegonha_27_04.pdf

Por: Geisiela A. Campanerutti; Tiago Zubiolo;
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Princípios e Diretrizes - 2011) 





http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_mulher_principios_diretrizes.pdf