quarta-feira, 30 de maio de 2012

Promoção da saúde

Oii gente!!

Durante a disciplina "Sáude, Sociedade e Meio Ambiente" tivemos que fazer um seminário (Anne, Beatriz e Vanessa) sobre o artigo "CONCEITOS DE SAÚDE E DOENÇA AO LONGO DA HISTÓRIA
SOB O OLHAR EPIDEMIOLÓGICO E ANTROPOLÓGICO", e achamos interessante postar aqui no blog.

O artigo falava, em linhas gerais, o seguinte:
Nosso conceito atual de saúde, o clássico da OMS, é aquele "bem-estar físico, social e mental", ou seja, é levado em consideração, para definir saúde, no mínimo três esferas: a física, a social e a mental. Porém, apesar de na teoria tudo isso estar englobado, o que percebemos na pratica quando analisamos os estudos epidemiológicos, é que há uma super valorização apenas do lado físico e biológico das doenças, não sendo levado em consideração as esferas sociais e mentais. Sendo assim, quando estamos fazendo prevenção baseados nesses estudos, estamos previnindo apenas as causas relacionadas com a esfera biológica, deixando de lado o social e o psicológico. (É claro que o biológico é essencial e muitissimo importante, mas não deveríamos deixar de lado as outras esferas!!). Diante disso, o artigo propõe focar mais na promoção da saúde, pois na promoção podemos tanto trabalhar com o biológico quanto com o social e mental: analisar a realidade social do seu paciente (exemplos: na hora de prescrever uma "dieta balanceada" não adianta montarmos um cardápio que não condiz com a realidade financeira dele; recomendar exercícios físicos regulares e uma vida menos estressante para uma pessoa que tem dois ou três empregos; enfim..). Dentro dessa promoção da saúde, poderiamos nos interessar mais pelos problemas sociais do nosso país, reconhecendo que se mudassemos essa realidade estariamos levando saúde pra muita gente, dentre outras melhorias. Concluindo, é mais para uma reflexão de cada um sobre o assunto. Para os que quiserem ler o artigo inteiro segue o link: http://www.facenf.uerj.br/v17n1/v17n1a21.pdf .

Beatriz Zampar
Anne Caroline Hungaro
Vanessa Lange

6 comentários:

  1. Muito legal meninas, deve ser incentivado que além dos médicos conhecerem a situação epidemiológica das doenças mais prevalentes no local onde eles trabalham, eles também precisam conhecer os aspectos sociais, ambientais e etc., porque não adianta a gente querer prevenir parasitoses por exemplo pedindo para as pessoas lavarem a comida, sendo que passa um rio bem ao lado da casa delas em que é jogado o esgoto, né? :)

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  2. Isso também é muito visto quando, nas nossas práticas, mesmo nossos professores, esquecem de perguntar como está o nosso paciente emocionalmente. Se perguntarmos, todos tem reclamações, óbvio, mas isso não é desculpa para deixarmos de lado esse fato. Como já estudado também, o lado psicológico e emocional do paciente influi muito na sua doença de base e nas manifestações delas, e quando a realidade social do paciente influi sobre seu estado emocional, isso de torna muito importante no nosso tratamento.

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  3. Acho que isso tem a ver com o que a professora Pollyana comentou em aula essa semana. Todo profissional que está trabalhando dentro do sistema de saúde deve acolher o paciente, não somente o médico. Então, vale lembrar que, apesar de a atenção do médico ser julgada a mais importante por parte do paciente, a partir do momento em que ele estiver dentro de uma unidade de saúde buscando atendimento, não cabe somente ao médico acolhê-lo!

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  4. O conceito de saúde é um conceito dinâmico. Nos dias de hoje, é difícil conservar os mesmos níveis de saúde ao longo dos dias. A cada momento, em função das coisas que estamos vivendo, das demandas que estamos enfrentando, a nossa saúde e o nosso bem estar é afetado. Podemos sair de um ponto ótimo, onde tudo está muito bem e um acontecimento muda toda a nossa rotina, aumenta o nosso nível de estresse e nos leva a experimentar a fadiga, o cansaço, a baixa imunidade e a suscetibilidade ao acometimento de alguma doença.
    No que se refere à atuação médica, a humanização do atendimento se alicerça na reinvenção de um modelo médico imbuído da capacidade de reconhecer a integração física, psíquica e social do paciente, e através desse reconhecimento objetivar a promoção da saúde. O paciente deixa de ser um desvio do padrão de normalidade, e passa a ser um emergente de toda a conjuntura social, e a resposta para a cura de seus males não provém apenas de uma ciência impessoal e determinante, mas de recursos que possam ser estimulados em seu próprio organismo. Na medida em que o paciente se torna um aliado do médico no combate à doença, a sua participação constitui a peça chave do tratamento proposto.

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    1. Concordo com a Fer quando ela diz que no que tange o atendimento no PS, não só a postura e atenção ao lado humano dado pelo médico é importante, e sim, a atenção dada por todos os profissionais de saúde, que podem juntamente com o médico tornar o ambiente mais "acolhedor" ao paciente, atendendo melhor suas necessidades, principalmente, nesse caso, psicológicas. Um "tratamento mais pessoal" por si só já fará o paciente se sentir melhor e até mesmo fará com que confie no médico e siga suas instruções de modo mais fidedigno, melhorando, assim, adesão ao tratamento imposto.

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  5. Nada mais apropriado que uma abordagem social da saúde já que em última instância, como diz Breilh, “o processo saúde-doença constitui uma expressão particular do processo geral da vida social”.

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