sexta-feira, 25 de novembro de 2011

DISCUSSÃO E ANÁLISE DE CASOS TRAÇADORES

           A PORTARIA Nº 2.488, DE 21 DE OUTUBRO DE 2011 aprova normas e faz revisão de diretrizes para o funcionamento da Atenção Básica, Estratégia Saúde da Família e Programa de Agentes Comunitários de Saúde.
           No seguimento que trata das funções das Redes de Atenção à Saúde (RAS), encontra-se a parte da discussão e análise de casos traçadores.
           As RAS tem como estratégia o cuidado integral e direcionado às necessidades da população. Para que esse objetivo seja atingido elas atuam de diversas formas e em diversos pontos a fim de que sejam estruturadas formando, realmente, uma teia organizacional.
           Assim, algumas funções se mostram básicas para esse tipo de funcionamento, sendo elas:
1.    Ser de base
2.    Ser resolutiva
3.    Coordenar o cuidado
4.    Ordenar as redes
           A discussão e análise de casos traçadores entra na terceira função. São chamados de casos traçadores aqueles que foram representativos. Por exemplo, em um estudo que verifica o modelo tecnoassintencial da atenção domiciliar verificaria os casos relacionados ao perfil do serviço, que houvessem provocado desconforto, ou insatisfação.
          Traçadores configuram-se como uma estratégia de investigação utilizada tanto em estudos quantitativos (por exemplo, marcadores biológicos, marcadores clínicos) como em estudos qualitativos tanto em ciências sociais e políticas quanto nas áreas de educação e saúde. Casos traçadores podem ser desenhados prospectivamente ou identificados retrospectivamente (como marcadores para analisar processos de cuidado, de mudança ou educacional).
          A análise de traçadores permite examinar "em situação" as maneiras como se concretizam na prática processos de trabalho complexos, como os da saúde e da educação, que envolvem um importante grau de autonomia dos profissionais. Na cena concreta, expressam-se valores, conceitos e tecnologias que não necessariamente são captados numa entrevista (quando geralmente se fala do "dever ser" - e não do que realmente é - ou de como cada um interpreta a cena vivida - sem expressar necessariamente os conflitos).       
          Dependendo do marcador, observam-se diferentes tipos de atuação da equipe, diferentes configurações de interação entre os trabalhadores e dos trabalhadores com os usuários, diferentes repertórios tecnológicos, diferentes arranjos organizacionais.
           Seguindo o exemplo dado acima o caráter de marcador ou traçador do caso selecionado para o estudo foi determinado por características tais como ser um caso típico, uma situação de sucesso ("boa prática"), uma situação de tensão ou de difícil resolução que marcou a equipe em sua atuação.
           O caso traçador é importante pois pode possibilitar um contato maior e melhor com a realidade dos profissionais das equipes de atenção domiciliar e as situações as quais estão sujeitos.

Referências bibliográficas


  • http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102010000100018
  • http://www.brasilsus.com.br/legislacoes/gm/110154-2488.html
Acadêmicos: Bruno, Carolina e Natasha

Um comentário:

  1. Esse programa é bem interessante, pois fornece um auxílio às equipes de saúde.

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